Sede da missão do ex-paquito Xande, no Níger, foi destruída por extremistas islâmicos contra publicação do Charlye Hedbo

1012966_625145187591754_2475188025049697308_n.jpg?oh=dada5f5225d3b77665a779d34b6b196f&oe=552694F7Rodini Netto com informações da Agência Lusa

A sede do Ministério Guerreiros de Deus, no Níger, um trabalho missionário conduzido pelos brasileiros Alexandre Canhoni (o ex-paquito Xande) e sua esposa Giovana, foi destruída e incendiada.

Tanto o casal como as crianças com quem eles realizam o trabalho social e de evangelização, haviam saído cinco minutos antes do ataques dos extremistas islâmicos que realizaram a ação contra igrejas evangélicas e comércios de não muçulmanos.

Em seu perfil em uma rede social, Giovana comentou: "Nossa base e casa foram atingidos. Quebraram tudo e queimaram. Saímos 5 minutos antes. Estamos bem. Nossos meninos estão bem graças a Deus. Alguns escondidos e com famílias. Ninguém dos nosso se machucou. Estamos orando pedindo uma direção de Deus."

Para conhecer mais o trabalho desenvolvido por Alexandre e Giovana, assim como para contribuir financeiramente com a obra missionária realizada pelo casal, visite o site do Ministério Guerreiros de Deus em www.guerreirosdedeus.com.br

Além da missão Guerreiros de Deus, cerca de 8 igrejas evangélicas foram totalmente destruídas pelos extremistas islâmicos, em retaliação à publicação por párte do Charlye Hebdo, de uma caricatura de Maomé.

As autoridades informaram que os tumultos em Niamey foram causados por cerca de 300 pessoas armadas de paus, barras de ferro e picaretas.

Segundo a AFP, houve manifestações também em Maradi, uma cidade localizada entre a capital e Zinder, a segunda cidade do país, que deixaram quatro mortos e 45 feridos.

Cerca de 300 cristãos estão atualmente sob proteção militar em Zinder. Segundo uma fonte das forças de segurança, 255 cristãos foram encontrados escondidos em uma caserna.

Mais 70 cristãos encontram-se em uma igreja evangélica, protegidos pela polícia e a Guarda Nacional, disse um dos evangélicos refugiados.

Contra a onda de violência, 20 ulemas (teólogos muçulmanos) pediram calma nas ruas da capital e de outras cidades do país.

"Não se esqueçam que o Islã é contra a violência", disse o pregador Yaou Sonna na emissora de televisão pública do Níger.

As oito igrejas incendiadas, a maioria de culto evangélico, localizam-se à margem esquerda do Rio Níger, algumas em aldeias.

As manifestações começaram, hoje à tarde, a voltar-se para a margem direita do Níger, onde ficam outras igrejas cristãs.

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